Não é só o efeito sanfona que é prejudicial para o organismo. O mesmo método quando aplicado aos padrões do sono pode afetar o relógio biológico interno e até o que come.
Os especialistas alertam que as horas extras de descanso não ajudam a revitalizar o corpo e a mente após uma semana de pouco descanso.
Oito horas diárias é o padrão de ouro
Não dormir horas suficientes tem consequências para a saúde, afirma o Sistema Nacional de Saúde Britânico (NHS), sendo oito horas de sono por noite o ideal.
Menos do que isso fragiliza o sistema imunológico, deixando as pessoas com risco maior de contraírem doenças, como gripes e resfriados, desenvolverem obesidade, diabetes tipo 2 e transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade.
Sono ‘ioiô’ faz mal à saúde
Pode ser tentador dormir até mais tarde no final de semana, na esperança de compensar o tempo perdido. Porém, uma pesquisa recente da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos, revela que a prática não funciona.
Kenneth Wright, diretor do laboratório do sono da instituição de ensino superior, avisa: “Os dados que apuramos sugerem que dormir mais ao fim de semana não é uma estratégia à qual o corpo responda positivamente, pelo contrário. Aliás mudar consecutivamente as nossas rotinas de descanso, horas para a frente e para trás – alterando o horário em que ingerimos as refeições e mudando o nosso relógio circadiano e depois voltando a dormir pouco durante a semana, é algo incrivelmente destrutivo para o organismo”.
Para efeitos daquela pesquisa, Wright e uma equipa de pesquisadores estudaram um grupo de voluntários adultos durante duas semanas.
Os cientistas apuraram que aqueles que não dormiram mais de cinco horas por cinco dias, seguidos de dois dias durante os quais descansaram pelo tempo que quiseram, não beneficiaram de quaisquer vantagens, comparativamente aqueles que seguiram um método de sono mais longo, constante e estruturado.
Os resultados, publicados no periódico científico Current Biology, indicam que as pessoas que dormem mais ao fim-de-semana até podem beneficiar de uma recuperação momentânea, mas que esses efeitos são imediatamente anulados assim que retornam à rotina de privação de sono semanal.
Os dados apurados revelaram igualmente que quem dormia menos horas tinha uma maior propensão para comer mais à noite, daí ganhando mais peso e reduzindo a sua sensibilidade à insulina.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em média nos países desenvolvidos uma em cada três pessoas apresentem algum tipo de distúrbio do sono.
Notícias ao Minuto
Qual seu ponto de vista acerca do tema. Poste um comentário: