Fabiano Galdino é ex-presidente estadual do PSOL, por dois mandatos, empregado dos Correios, graduado em Direito pela UFPB, advogado e foi primeiro suplente na chapa do prof. Nelson Júnior ao senado pelo PSOL.

1- Sabemos que você foi suplente a Senador na chapa do Prof° Nelson Júnior, na eleições de 2018. Porém, os dois candidatos que saíram vitoriosos na disputa foram Veneziano (PSB) e Daniella Ribeiro (PP). Sendo assim, você acha que a Paraíba, mesmo não elegendo o seu candidato (Prof° Nelson Júnior), ainda fez uma ótima escolha? Por quê?

Veneziano (PSB) e Daniella Ribeiro (PP) foram eleitos com votos que escolheram os projetos que esses dois senadores representam. A votação obtida pelo prof. Nelson Júnior expressa um projeto diferente. Para mim, a boa escolha está nos 82 mil votos confiados à nossa chapa, nas eleições do ano passado.
Evidentemente, uma maioria de eleitores se manifestou pela continuidade da velha política representada pela senadora Daniella e pela falsa renovação da política expressa no mandato do senador Veneziano.

2- Você ficou à frente do PSOL da Paraíba duas vezes como presidente. Sendo assim, que ações o PSOL desenvolveu politicamente dentro do Estado?

Tive a honra de ser o presidente do PSOL no Estado, no período de 2012 a 2015, foram quatro anos marcados pelo crescimento do partido no Estado, com constituição de direções partidárias em alguns municípios, mas o saldo mais positivo do período foi uma firme presença do partido nas discussões nacionais e na oposição aos governos locais. Também lançamos candidaturas majoritárias de oposição em cidades como Cajazeiras, Sousa, Patos, Campina Grande e João Pessoa, entre outras.

3- A nível da política estadual: como você classifica essa "separação" entre o Governador João Azevêdo e o ex-Governador Ricardo Coutinho, ambos do PSB?

O chamado racha do PSB, marcado pela divisão entre o ex-governador Ricardo Coutinho e o governador João Azevedo, se desenvolve uma trama que assusta. Afinal de contas, qual limite ético entre a liderança do Governador eleito e o ex-governador que foi peça fundamental na vitória eleitoral daquele?
No meu entender, há no entorno de João Azevedo um grupo de deputados 'governistas de plantão', que se sentem tão bem bajulando o atual quanto o fizeram com o imediatamente anterior. E o povo tem pouquíssimo espaço nas narrativas dessa trama.

4- Como você classifica o atual Governo Federal, ou seja, do presidente Jair Bolsonaro (PSL)? Por quê?

O Governo Bolsonaro é um govermo de poucos, a saber, dos generais e da família do presidente. Na área econômica, o Governo Federal serve unicamente aos interesses do sistema financeiro. As privatizações estão sendo gestadas para passar o patrimônio nacional para as mãos da iniciativa privada. Assistimos um processo de 'desnacionalização', como alerta a ex-presidente Dilma Rousseff.

5- Deixe sua mensagem aos leitores do Blog do Taan Araújo.

Espero que os eleitores acompanhem os mandatos dos parlamentares eleitos e as ações dos governantes. O voto que interessa é aquele que cobra e fiscaliza.
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