Mais de 30 pessoas foram detidas durante uma operação para combater a violência contra crianças e adolescentes, na Paraíba. De acordo com a Polícia Civil, a Operação “Acalento” aconteceu em todo o país desde o dia 4 de junho deste ano. Segundo o balanço divulgado na manhã desta sexta-feira (16), na Paraíba 35 suspeitos foram detidos desde o início da operação.

Na Paraíba, a operação é coordenada pelo delegado seccional da 1ª Delegacia, Pedro Ivo. Ele informou que houve um planejamento em nível nacional tendo em vista o aumento de denúncias de abuso contra crianças e adolescentes registradas durante o período da pandemia. Isso teria sido motivado, em grande parte, pela suspensão das aulas presenciais, que fez com que crianças e adolescentes passassem a conviver mais tempo com seus agressores.

“Até o dia 15 de julho, data de encerramento da etapa de diligências e apuração das Denúncias encaminhadas pelo Ministério da Justiça às polícias civis de todo o país, a Polícia Civil da Paraíba atendeu a um total de 283 crianças e adolescentes e realizou 200 visitas e diligências preventivas”, destacou Pedro Ivo.

As ações no Estado resultaram em 21 prisões em flagrante, 127 inquéritos, 22 Termos Circunstanciados de Ocorrência, quatro Procedimentos Especiais de Menor Infrator, culminando com a prisão e apreensão de 35 pessoas suspeitas de violência contra crianças e adolescentes, bem como a apreensão de três armas de fogo.

Ainda foram cumpridos 12 mandados de prisão e um mandado de busca domiciliar. Além disso, foram solicitadas 23 medidas protetivas de urgência, no intuito de afastar os suspeitos das crianças e adolescentes.

Sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação aconteceu nos 26 Estados e no Distrito Federal. Na Paraíba, a operação mobilizou um total de 96 policiais civis e 24 viaturas e contou com o apoio dos conselhos tutelares em praticamente todos os municípios.

“Além do caráter de prevenção e repressão aos crimes contra a pessoa crianças e adolescentes, a Operação Acalento também possui caráter didático-informativo e chama a atenção de toda a sociedade para a gravidade e a covardia dessa prática criminosa, além de mostrar a ação dos órgãos do estado sempre atentos e vigilantes para o acolhimento e proteção das vítimas e a repreensão e punição de seus algozes”, concluiu o delegado.

G1 PB
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