O Chile, o Uruguai e o Brasil são, nessa ordem, os países que vendem a carne bovina com os preços mais altos na América Latina, de acordo com o levantamento feito pela base de dados Numbeo. Por aqui, o quilo do produto custa, em média, R$ 41,87. No Chile, ele sai por cerca de R$ 58,36 e, no Uruguai, chega a custar R$ 56,72.

Depois do Brasil, o Peru tem a carne mais cara da região, com o quilo ao custo de R$ 35,69. A Argentina vem na quinta posição, com o preço de R$ 32,27 o quilo. 

Considerados os países que têm a carne mais cara do mundo, o Brasil ocupa a 78ª posição. Em primeiro lugar está a Suíça, onde o quilo custa R$ 265,46. Na sequência, vêm o Líbano (R$ 193,11), a Coreia do Sul (R$ 173,53), a Noruega (R$ 145,60) e a Holanda (R$ 133,68).

Segundo o IEA (Instituto de Economia Agrícola), o preço da carne bovina no varejo, que era de R$ 43,39 o quilo, em agosto do ano passado, vem caindo desde então, e chegou a R$ 40,98 em janeiro deste ano.

Levando-se em consideração o valor do salário mínimo, o preço da carne de boi representa cerca de 3% do piso da remuneração do brasileiro, que é de R$ 1.302,00. Isso ajuda a explicar por que está cada vez mais difícil colocar esse alimento na mesa.

O alto custo do produto no mercado interno também se deve a uma estratégia dos produtores — que, no ano passado, deram prioridade à reprodução e ao aumento do rebanho, uma vez que a venda de animais vivos era mais vantajosa. A previsão da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) era que a produção de carne bovina do Brasil atingisse o menor patamar em mais de 20 anos, mesmo com o aumento das exportações.

R7
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