O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) decidiu acabar já neste ano com o Enem Digital, a versão da prova na qual os estudantes iam até os locais de aplicação e realizavam o exame num computador em vez do formato impresso.

A informação foi publicada nesta quarta-feira pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e confirmada por O Globo.

A versão digital do Enem foi criada em 2019, na gestão do ministro Abraham Weintraub. Naquele momento, foi anunciada que começaria uma transição completa do papel para o digital. No primeiro ano, foram 50 mil vagas. O objetivo era o de acabar com a versão impressa em 2026.

No entanto, em 2022, havia 101.100 vagas e só 66.544 inscritos. Além disso, o índice de abstenção chegou a 51,3% e só 32.376 foram fazer as provas. Naquele ano, a abstenção geral do exame ficou em 32,4%.

Outro fator para a extinção do Enem Digital foi o custo da prova. Em 2022, esse formato custou R$ 860 por aluno, enquanto a versão impressa saiu por R$ 160.

Isso porque a aplicação exigia a contratação de computadores com equipamentos de segurança do Inep.

O Globo
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