Um advogado foi preso no início da manhã desta quinta-feira (18), em João Pessoa, após uma operação da Polícia Civil contra integrantes de uma facção criminosa do Rio de Janeiro, que tenta se estabelecer na Região Metropolitana de João Pessoa. O homem é suspeito de utilizar suas prerrogativas para repassar informações e orientar integrantes da organização criminosa sobre o armazenamento de armas de fogo.

O advogado foi identificado como Cláudio de Oliveira Coutinho. A defesa do advogado informou que solicitou acesso aos autos do processo para entender a fundamentação do decreto de prisão, afirma que seu cliente é uma pessoa de conduta ilibada e que vai provar sua inocência ao longo do processo. A OAB-PB foi notificiada e designou uma comissão para acompanhar os fatos.

A Operação Restinga tem como alvo integrantes de uma organização criminosa, que tem origem no Rio de Janeiro e começou a ser investigada há seis meses, após sua chegada à Paraíba ter desencadeado uma série de homicídios decorrentes de disputas por áreas dominadas pelo tráfico de drogas. A Polícia Civil explicou que a facção criminosa é voltada para a prática de tráfico de drogas, de armas de fogo, homicídios e lavagem de dinheiro.

“Desde que esses grupos chegaram à Paraíba, constatamos um aumento nos casos de homicídios em algumas localidades. São criminosos que vêm de outras regiões do Brasil tentando se estabelecer no nosso estado, mas a Polícia Civil, as demais forças de segurança, o Ministério Público e o Poder Judiciário paraibanos não irão retroceder um centímetro sequer", afirmou o superintendente Cristiano Santana.

O advogado utilizava de suas prerrogativas para repassar instruções de líderes da organização criminosa, foragidos em comunidades do Rio de Janeiro, sobre onde armazenar armas de fogo da facção e quem seria responsável pela guarda do material bélico. O suspeito passou por audiência de custódia na manhã desta quinta-feira e ele teve a prisão foi mantida, sendo encaminhado para o Presídio Especial do Valentina.

Durante a ação, foram cumpridos 26 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cabedelo, João Pessoa e Conde. Também foram executados 10 mandados de prisão preventiva em unidades prisionais da capital, com apoio da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP). Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Mista de Cabedelo.

A Operação Restinga foi comandada pela 3ª Delegacia Seccional de Cabedelo, com o apoio da Unidade de Inteligência Policial (UNINTELPOL). Ainda de acordo com a Polícia Civil, as investigações continuam em andamento e novas medidas poderão ser adotadas conforme o desenrolar dos fatos.

g1 PB
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