Um corretor de imóveis acusado de aplicar golpes em clientes foi preso em Santa Rita, na grande João Pessoa. A prisão foi realizada na noite da última quinta-feira (24), durante uma ação da Força Tática do 7º Batalhão, mas só foi divulgada pela Polícia neste sábado (26).

O acusado, Caio Carlos da Silva Farias, de 31 anos, já havia sido preso em 2023 pelo crime de estelionato em uma ação da Polícia Militar e Civil, e tem uma longa ficha criminal relacionada à aplicação de golpes, nos quais recebia o dinheiro dos aluguéis das vítimas, e não o repassava para os proprietários. Além de ameaçar as vítimas, Caio Farias também ostentava nas redes sociais.

De acordo com a PM, que teve acesso a ficha criminal do acusado, o homem chegou a ser pré-candidato à prefeito no ano de 2019, no município de Poção de Pedras, no Maranhão, onde aplicou um golpe relacionado ao pagamento do show de uma banda de forró.

O homem, que estava foragido, foi preso na noite da última quinta-feira (24), durante uma ação da Força Tática do 7º Batalhão que encontrou o acusado em um residencial, no bairro de Tibiri, em Santa Rita. Contra ele, os policiais cumpriram um mandado expedido pela Vara de Execuções Penais de João Pessoa, pelos crimes de estelionato, apropriação indébita, lesão corporal no contexto de violência doméstica, e vias de fato.

O acusado foi preso e apresentado na 6ª Delegacia Distrital para o cumprimento da pena.

Entenda o caso
De acordo com a Polícia Civil, as vítimas pagavam ao suspeito parcelas adiantadas do aluguel, mas o corretor não repassava o dinheiro para os proprietários dos imóveis. O homem também ameaçava vítimas, ostentava dinheiro nas redes sociais e dizia não ter medo de ser preso. A polícia ainda não tem uma estimativa do prejuízo causado pelo corretor aos clientes.

Segundo a polícia, o corretor também cobrava valores acima do que os proprietários dos imóveis haviam oferecido e também ofertou o mesmo imóvel para várias pessoas, que adiantavam o pagamento, e, quando chegavam para ocupar o local, encontravam o imóvel indisponível.

O coordenador de fiscalização do Creci-PB, Hermano Batista, acompanhou a prisão e afirmou que o conselho recebeu várias denúncias contra o suspeito. O órgão iniciou o processo de cancelamento do registro do corretor de imóveis e aguarda o avanço das investigações para agilizar o trâmite do processo de cancelamento da inscrição.

De acordo com o Creci-PB, as vítimas do suspeito também relataram que o homem costumava debochar dos golpes, ameaçava os clientes e dizia não ter medo de ser preso.

g1 PB 
Foto: Divulgação/Polícia Civil 
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