Calango é comestível? Descubra se é uma opção saudável para incluir na dieta

O calango, um pequeno réptil encontrado em várias regiões do Brasil, especialmente no Nordeste, já foi fonte de alimento em períodos de extrema seca e escassez. Em tempos de crise, quando a carne tradicional era inacessível, moradores do sertão recorriam a esse animal como uma alternativa proteica.

O calango é comestível?

Sim, o calango pode ser consumido e, historicamente, já foi incluído na dieta de comunidades nordestinas em tempos difíceis. Assim como o teju, o jacaré e até algumas espécies de lagartos consumidas em outras partes do mundo, o calango pode ser preparado de diferentes formas, desde grelhado até cozido em ensopados.

Pode substituir a carne de frango?

Nutricionalmente, o calango é uma boa fonte de proteína magra, com baixo teor de gordura, o que o torna um substituto viável para o frango ou até para carnes vermelhas em situações de necessidade. Apesar de não ser uma carne convencionalmente consumida na dieta moderna, ela tem aminoácidos essenciais, minerais e pode ser uma opção sustentável, já que sua caça, em tempos antigos, não dependia de grandes criações ou infraestrutura.

Como consumir o calango?

No passado, durante períodos de seca severa, os nordestinos assavam o calango diretamente no fogo ou cozinhavam em ensopados, misturado a raízes e outros ingredientes disponíveis. Hoje, se adaptado ao paladar moderno, ele poderia ser preparado de maneiras semelhantes ao frango, como:

- Assado ou grelhado, temperado com ervas regionais.

- Cozido em ensopados ou caldos, aproveitando ao máximo seus nutrientes.

- Frito e desfiado, para ser servido com farofa ou arroz.

Embora hoje o consumo de calango seja incomum, a história mostra que ele já serviu como um alimento de sobrevivência para muitas famílias. Em tempos de crise alimentar, explorar fontes alternativas de proteínas pode ser uma necessidade, e o calango, por ser abundante em algumas regiões, poderia ser estudado como uma alternativa viável e sustentável.

Atualmente, por questões ambientais e culturais, o consumo de calangos não é incentivado, mas sua história na culinária nordestina mostra como o povo sertanejo sempre encontrou maneiras de sobreviver, mesmo nas condições mais adversas.

Portal Potiguar