A corrente Construindo Um Novo Brasil (CNB), ala majoritária do PT, vai encaminhar neste sábado (9) à Executiva Nacional uma resolução que determina a campanha "Lula Livre" como prioridade absoluta da legenda para o próximo período.
Na quarta-feira (6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril em Curitiba, foi condenado pela segunda vez pela Lava Jato. As penas acumulam 15 anos de prisão.
A resolução também defende que o partido se posicione explicitamente em oposição ao governo de Jair Bolsonaro. A ideia é marcar diferenças com o PDT de Ciro Gomes, que vai fazer "oposição programática" ao Planalto.
"Vamos levar para a Executiva que o PT dê prioridade total à campanha 'Lula Livre'. Nossos quadros vão rodar o Brasil. Fernando Haddad vai rodar o Brasil. Nossos governadores vão se engajar. Vamos articular isso com movimentos sociais, artistas e a sociedade", disse Marcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT.
A CNB, da qual fazem parte Lula, Haddad e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, é a maior corrente interna do PT e detém mais da metade dos cargos do Diretório Nacional da legenda.
Para ampliar o "Lula Livre" a outros setores da esquerda que até agora não se engajaram na campanha o PT pretende vincular a luta contra a prisão de Lula a temas que dizem respeito às liberdades democráticas, retirada de direitos e outros itens da pauta de oposição a Bolsonaro.
A ideia do partido é mostrar que a prisão de Lula tem como objetivo final fragilizar a oposição a projetos como a reforma da Previdência, que deve gerar forte debate popular.
A proibição pela Justiça de que Lula participasse do enterro de seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, morto no dia 29 de janeiro, também será usada como exemplo de que Lula é tratado como exceção.
ClickPB via UOL
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