A Polícia Civil da Paraíba, através da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), com apoio da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, acaba de prender o mentor da “barbárie de Queimadas”. Conforme apurou o ClickPB, uma coletiva de imprensa foi realizada pela Polícia Civil, na sede da Delegacia Geral, a partir das 11 horas, em João Pessoa.
Quase 12 anos depois do crime que causou indignação nacional e ficou conhecido como ‘Barbárie de Queimadas’, o mentor da ação, Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão, que estava foragido desde 2020, após fugir do presídio pela porta lateral acabou sendo capturado.
Entenda o caso
Tudo começou quando os irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira organizaram o aniversário com a festa marcada para o dia 11 de fevereiro, um sábado, de 2012. Participaram sete mulheres, nove homens e três adolescentes para a festa que aconteceu em uma casa no Centro de Queimadas. Os homens presentes planejaram realizar um estupro coletivo durante a festa.
Eduardo e Luciano forjaram um assalto e entraram encapuzados na residência. Os criminosos combinaram que apagariam o sistema de energia e invadiriam a casa com máscaras de carnaval se passando por assaltantes. As vítimas então seriam amarradas, vendadas e estupradas.
Duas mulheres que estavam na residência e não foram alvo do estupro coletivo são justamente as esposas de Eduardo e Luciano.
Enquanto era estuprada, a professora Izabella Pajuçara, de 27 anos, se debateu e conseguiu identificar Eduardo. A partir daí, os abusos foram interrompidos e os homens fugiram de carro levando Izabella Pajuçara e a recepcionista Michele Domingos, de 29 anos, que teria ouvido a fala da amiga reconhecendo o estuprador.
Michele chegou a pular do carro em movimento, mas recebeu quatro tiros e morreu. Já Izabella foi encontrada morta na estrada que liga Queimadas a Fagundes.
Em 2014, Eduardo dos Santos Pereira foi condenado a 108 anos de prisão, já Luciano dos Santos Pereira, irmão de Eduardo, foi condenado a 44 anos de prisão.
Um outros envolvidos, Jacó Sousa, foi sentenciado a 30 anos de reclusão e foi assassinado ao sair no regime semi-aberto.
Já Diego Rego Domingues foi liberado para cumprir a pena de 26 anos e seis meses no regime semiaberto. Fernando de França Silva Júnior, foi condenado a 30 anos de prisão. Luan Barbosa Cassimiro deve cumprir 27 anos de reclusão e José Jardel Sousa Araújo foi condenado a 27 anos.
Os adolescentes já cumpriram medida socioeducativa no Lar do Garoto, no município de Lagoa Seca, Agreste do estado.
ClickPB
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