Um canudo descartável capaz de detectar a presença de metanol em bebidas destiladas deve chegar ao mercado em breve com preço estimado de R$ 2. O dispositivo é resultado de uma pesquisa de dois anos do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Química da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba).

O professor e pesquisador Félix Brito informou que o projeto está em fase de depósito de patente no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e que os protótipos foram testados na Fundação Parque Tecnológico de Campina Grande. Ele destacou que, devido à repercussão dos recentes casos de intoxicação por metanol no país, a universidade já foi procurada por ao menos duas grandes empresas interessadas em fabricar o canudo biodegradável em larga escala. A decisão sobre produção própria ou parceria com empresas está em discussão.

O dispositivo foi desenvolvido por ser amplamente utilizado em bares e restaurantes e fornece resultado rápido, semelhante a um teste de gravidez. A proposta já foi apresentada ao Ministério da Saúde, que informou estar analisando o projeto junto a outras tecnologias de detecção rápida de bebidas contaminadas.

O estudo teve início em 2023 e foi financiado pela Fapesq, com investimento de R$ 725 mil, permitindo a criação do Laboratório de Tecnologia da Cachaça em Campina Grande. Ao todo, 10 pesquisadores participaram da pesquisa, que testou a tecnologia em 462 amostras de cachaça. Em 2025, dois artigos sobre o método foram publicados na revista científica Food Chemistry.

Além do canudo, a universidade desenvolveu um método infravermelho capaz de identificar metanol em bebidas lacradas. O sistema utiliza radiação infravermelha e um aplicativo que processa os dados, indicando adulterações como presença de metanol, água adicionada ou etanol veicular, sem uso de reagentes químicos e com 97% de precisão, segundo os pesquisadores.

Portal T5
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