O cordelista Arievaldo Vianna morreu neste sábado, 30, após ser internado em decorrência de uma infecção bacteriana. O artista foi um importante nome para a educação cultural e para a disseminação do cordel no Ceará.

Sua trajetória, que conta com dezenas de livros publicados e centenas de cordéis, sempre esteve ligada às lutas e às dores do povo. Com uma linguagem acessível, transmitia os saberes do Nordeste para pessoas de todas as idades.

Ao lado do irmão, poeta e dono da editora Tupynanquim, Klévisson Viana, várias obras foram lançadas. Entre os resultados da parceria entre os dois, estão “A botija encantada ou o preguiçoso afortunado”, “A moça que namorou com o bode”, “O crime das 3 maçãs” e “Rodolfo e Leocádia ou a força do sangue”.

Exemplo de seu esforço para democratizar o acesso à leitura foi o projeto Cordel na Sala de Aula, criado em 2000. A iniciativa era uma forma de usar a poesia popular como paradidático entre os alunos. Com o objetivo de incentivar a alfabetização, a ação foi adotada em diversas escolas do país. No mesmo ano, foi eleito membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

“Perdemos não só um grande poeta e difusor da literatura de cordel nos ambientes culturais, mas, principalmente nas escolas, promovendo nos mais diversos rincões do Brasil a promoção da leitura através da literatura de cordel. Perdemos um amigo. Celebremos sua obra poética e sua memória”, diz o secretário da Cultura do Estado, Fabiano Piúba, em nota da Secretaria de Cultura do Ceará.

O Povo Online
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