Com décadas de vida pública, o Pastor Everaldo foi preso na manhã desta sexta, 28, em meio a uma investigação que apura desvio de recursos públicos da saúde no Estado do Rio de Janeiro. O presidente nacional do PSC é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro — que deveria ser aplicado no combate à pandemia.
Mas essa não é a primeira vez que Everaldo tem seu nome envolvido em escândalos e polêmicas. Everaldo foi chefe da Casa Civil no governo de Antonhy Garotinho, onde formou parceria com Eduardo Cunha, em meados de 1999, na Cedae, a estatal de águas e esgotos do estado.
O pastor, que foi candidato nas eleições presidenciais de 2014, também foi acusado pela operação Lava Jato de receber R$ 6 milhões da Odebrecht para ajudar Aécio Neves (PSDB) em um debate presidencial na TV. No governo Witzel, o pastor retomou o poder sobre a Cedae, com nomeações na deficitária estatal.
A relação com o governador Wilson Witzel (PSC), que foi afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e é apontado como chefe do esquema de desvios no Rio, também está no campo religioso. O pastor realizou o batismo do governador.
Everaldo e Jair Bolsonaro também tiveram uma relação próxima. Entre 2016 e 2018, o pastor foi companheiro de partido de Bolsonaro, a quem chegou a batizar nas águas do rio Jordão. Enquanto o Senado votava o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o então o deputado federal, pelo PSC, Jair Bolsonaro, era batizado ao lado de seus filhos em Israel.
Jornal Opção com O Globo
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